terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Deus nunca nos abandona!

"Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas, Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens."
Marcos 6, 34-44

No grupo deste domingo, falamos sobre nossa fraqueza, pois, apesar de crer que Deus esta sempre conosco, nós não conseguimos estar sempre com ele.
No retorno do grupo devemos refletir sobre como foram nossas férias. Estivemos em oração? Nos preocupamos em não faltar a missa? Buscamos saber mais sobre o Evangelho? Evitamos frequentar lugares que nos afastam de Deus?

Nós vestimos a camisa do nosso time, da nossa escola, vestimos a camisa da luta pela liberdade quando tentamos mostrar pro mundo que nao somos mais crianças. Ser jovem deve ser sinonimo de luta, e principalmente de luta contra as coisas mas do mundo, que nos afastam de Deus... Mesmo que não consigamos entender os propósitos de Deus na nossa vida, devemos ter coragem e entrega-la nas mãos Dele.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ENCERRAMENTO DO CERCO DE JERICÓ

Neste domingo tivemos o encerramento do Primeiro Cerco de Jericó da paróquia :D
Fui muito bonito, o Santíssimo deu as 7 voltas na paróquia e neste momento as muralhas das nossas vidas cairam.
O encerramento foi muito animado e a Igreja ficou LITERALMENTE LOTADA.


E no próximo domingo teremos o retorno do grupo de jovens *-*
Ahh to ansiosa :D

Teremos varias novidades pra este ano.

Beijinho, beijinho
Tchau, tchau!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Segundoonaa

Oii galeriinha :D

Estamos felizes.. pq esta semana está acontecendo o Primeiro Cerco de Jericó da nossa paróquia.
Esta é uma grande oportunidade de estarmos em vigilia e oração, com o tema "Derrubando muralhas e vencendo o inimigo".

Lembrando que o horario de vigilia do Grupo de Jovens é as 21hrs da noite (logo após a missa que acontece todos os dias, com adoração ao Santíssimo) e ao meio-dia.


E como não poderia deixar de fazer, aqui vai a leitura de hoje:
Primeira Leitura: Hb 12, 1-4
Salmo 21
Evangelho: 5, 21-43

Jesus veio ao mundo para salvar o homem do pecado e da morte eterna. No entanto, o homem, muitas vezes, continua refém e escravo das artimanhas do espírito do mal. Assim como aquele endemoniado que vivia no “meio dos túmulos”, muitos de nós ainda nos deixamos escravizar por muitos vícios e insistimos em viver a cultura da morte. Não reconhecemos a Deus como nosso Pai e provedor, persistimos em lutar com armas que, em vez de nos libertarem, são como algemas e correntes que nos prendem à mesma situação durante muito tempo da nossa vida.

Contudo, o Pai não quer que se perca nenhum filho Seu, por isso, ainda hoje Jesus Cristo vem a nós a fim de nos libertar dos “espíritos maus” que nos perseguem. Jesus expulsou para longe os demônios que atormentavam aquele homem da região dos gerasenos e recomendou-lhe que fosse para casa, para junto dos seus. Assim também Ele quer fazer conosco. Somos curados e libertados para amar e cultivar relacionamentos saudáveis a partir da nossa casa, na nossa família. Ele nos tira do meio dos sepulcros e nos conduz a uma vida de paz e harmonia com o próximo, bastando para isso que nos rendamos ao Seu poder amoroso.

Os mortos que hoje nos cercam são o orgulho, a autossuficiência, o egoísmo, amor próprio e outros males que nos afligem como o medo, o desânimo, os ressentimentos, as mágoas, etc., todos consequência do nosso ser pecador. No entanto, Deus Pai não quer que se perca nenhum filho Seu, por isso, ainda hoje Jesus Cristo vem a nós a fim de nos libertar dos “espíritos maus”, perdoando-nos, purificando-nos e ressuscitando-nos para nos tirar do sepulcro jogando para longe de nós os espíritos que nos prendiam.

Depois que somos curados e libertados Jesus nos envia para amar e cultivar relacionamentos saudáveis a partir da nossa casa, na nossa família. Ele nos tira do meio dos sepulcros e nos conduz a uma vida de paz e harmonia conosco e com o próximo, bastando para isso que nos rendamos ao Seu poder amoroso.

Deixemo-nos transformar pela palavra libertadora de Cristo e que o nosso coração seja tocado pela prática do amor misericordioso e acolhedor do Senhor, expulsando qualquer espírito opressor, egoísta, que nos impede de nos apaixonarmos por Jesus e de mudarmos de vida, acolhendo em nosso coração a fonte de amor renovadora em nossas vidas. Essa é a liberdade que devemos buscar.

Você ainda continua lutando com as armas que o mundo lhe impõe ou já se rendeu ao poder do Deus que liberta o homem do pecado? – Quais são os “espíritos maus” que insistem em prender você no meio dos sepulcros? – Você ainda se vê caminhando entre os mortos ou já se sente capaz de amar na sua própria casa? Pense nisso!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Primeira leitura (Hebreus 10,32-39) Salmo (Salmos 36) Evangelho (Marcos 4,26-34)

Qual é a atitude ativa que Deus pede de mim? Por vocação cristã, sou chamado a fazer presente o Reino neste mundo e posso fazê-lo realizando com perfeição meus deveres e trabalhando ativamente na Igreja. Deixar que a semente cresça por si só implica colaborar com o semeador.

Saiba meu irmão minha irmã que a vinda do Reino de Deus é semelhante ao escondido e dinâmico germinar da semente na terra. O Reino é comparado por Jesus ao grão de mostarda, a menor semente, destinada a se transformar apesar disso numa árvore frondosa, ou à semente que o homem enterrou: “durma ou se levante, de noite ou de dia, o grão brota e cresce, sem que ele saiba como”. O que quer dizer tudo isto? O Reino é amor de Deus para o mundo, é a presença de Cristo entre nós. Mas o homem não é uma testemunha inerte deste Reino. Jesus nos convida a buscar ativamente “o Reino de Deus e sua justiça” e fazer desta busca nossa preocupação principal: “buscar o Reino de Deus e tudo mais será acrescentado”. Fazer com que Cristo reine no coração dos homens.

Jesus nos pede uma atitude ativa e não inerte. Estamos chamados a cooperar com nossas mãos, nossa mente e nosso coração na vinda do Reino de Deus ao mundo. Com este espírito temos que fazer nossa a invocação “Venha a nós o Vosso Reino!”. É uma invocação que orienta nosso olhar a Cristo e alimenta o desejo da vinda do Reino de Deus. Este desejo, apesar disso, não nos afasta da nossa missão neste mundo, vai além, compromete ainda mais: “A mensagem cristã não afasta os homens da edificação do mundo nem faz com que nos despreocupemos do bem alheio, ao contrário, impõe como um dever de fazê-lo” (Gaudium et spes, 34)

Quando Deus semear, a semente produz fruto e se reconhece sua autoria pelas obras que produz. Da árvore boa só podem brotar frutos bons. Pelos frutos se pode conhecer o tipo de árvore que Deus semeou. Na Igreja vemos um quantidade de movimentos que surgem e trabalham pelo Reino, se fossem simples autoria humana talvez durassem pouco, mas vemos que o Espírito Santo os alenta e por isso crescem, e se multiplicam e produzem muito fruto. Deve-se agradecer a Deus pela dinâmica dos Movimentos na Igreja que produzem muito fruto e que realmente colaboram para a extensão do Reino de Deus para que se torne uma realidade neste mundo.

O meu propósito a partir desde evangelho de hoje é deixar que a semente que Deus plantou em mim desde o batismo germine com obras cristãs de caridade e justiça. Que o mais importante seja fazer presente o Reino de Deus em minha família, em meu trabalho/escola, em meu comportamento.

Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Primeira leitura (Hebreus 10,19-25) Salmo (Salmos 23) Evangelho (Marcos 4,21-25)

E no Evangelho de hoje, Jesus continua pregando para as multidões por meio de parábolas. E após explicar a parábola do semeador, Ele apresenta hoje mais uma [parábola]: a da lâmpada, da luz, dizendo: “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou debaixo da cama?” A resposta é fácil, acredito que ninguém acenderia uma lâmpada e a colocaria debaixo de um caixote, pois dessa forma ela não serviria para nada; geralmente a colocamos em um local que ilumine o máximo possível.

E como a lâmpada que não deve ser escondida, assim é a Palavra que deve ser proclamada para iluminar a todos, sem exceção. E não como acontece em algumas doutrinas ou cultos nos quais só tem acesso à Palavra um grupo pequeno que se considera iluminado. Para Jesus, todos têm direito de conhecer Sua mensagem, não excluindo ninguém. Porém, somos livres para aceitar ou rejeitar a Palavra. O discípulo que anuncia a Palavra também é luz, é sua missão descobrir como e onde proclamá-la de forma que ela chegue ao maior número de pessoas possível, para que a luz da vida possa iluminar a todos.

Devemos estar atentos para ouvir, acolher, praticar e deixar a Palavra frutificar em nossos corações, e com atitudes positivas colocá-la em prática. Deixando de fazer maus julgamentos sobre os outros, pois “com a mesma medida com que medirdes também vós sereis medidos”. Se usarmos de misericórdia, receberemos muito mais misericórdia. Sejamos luz para que possamos dar continuidade à missão de Cristo, levando a Palavra de Deus a todos e, dessa forma, consigamos atingir o coração destes, para livrá-los das trevas, da solidão, do ódio, da tristeza. Que atentos e fiéis todos nós possamos ouvir e acolher a “luz do amor de Deus”.

As nossas ações devem ser produtos dos nossos pensamentos e também dos nossos sentimentos. Nesta leitura Jesus nos exorta a sermos como lâmpadas acesas colocadas em lugar alto a fim de que todas as pessoas que as vejam sejam iluminadas, isto é, tenham conhecimento de Sua Palavra. Portanto, as nossas ações devem revelar o que nós cultivamos dentro de nós mesmos. Se, cultivamos em nós bons pensamentos e os regamos nós poderemos também realizar boas obras, como lâmpadas acesas que podem ser vistas por todos.

Contudo, quando nós falseamos, quando nós blefamos e escondemos as nossas reais intenções nós também somos capazes de praticar ações duvidosas que, por mais que aparentem bondade, são, no entanto, como arapucas armadas para que outros nelas caiam. Desse modo, nós revelamos apenas escuridão.

Jesus continua nos advertindo em relação às nossas ações e, agora também, quanto aos nossos julgamentos quando diz: “com a mesma medida com que medirdes também vós sereis medidos”. Muitas vezes, nós usamos critérios muito exigentes para com os nossos irmãos e irmãs e não nos apercebemos de que com o mesmo rigor nós também seremos julgados, e por nós mesmos! A medida, então, é a que nós usamos, isto é, a nossa medida. Existe um ditado popular que expressa muito bem o que o Senhor nos fala: “Quem disto usa, disto cuida”. Por essa razão, devemos purificar os nossos pensamentos e sentimentos a fim de que possamos atuar com sinceridade e com transparência irradiando ao mundo a Luz, que vem do Senhor. E que as nossas ações e os nossos julgamentos para com os nossos irmãos sejam feitos com uma medida ajustada à nossa própria fraqueza, portanto, cheios de misericórdia e compaixão.

Você é uma pessoa transparente e sincera? As suas ações acompanham os seus sentimentos e pensamentos ou você consegue camuflá-las? Você é muito rigoroso com os erros das pessoas? E com os seus? Você é uma pessoa que se impacienta por qualquer coisa? Qual é a sua medida?

Pai, ensina-me a ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão, eu possa também experimentar da Tua benevolência.

Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Primeira leitura (2º Timóteo 1,1-8 ou Tt 1,1-5) Salmo (Salmos 95) Evangelho (Lucas 10,1-9)

Em Lucas 9,1-6 encontramos o envio dos Doze Apóstolos. Mas, estes, apesar de formarem o núcleo da jovem Igreja, não foram mandados como precursores de Jesus, já que não tinham ainda identificado como Messias Aquele que os enviara, como se pode ver em no versículo 20 do mesmo capítulo. Agora, Lucas narra que Jesus envia um novo grupo: o dos setenta e dois discípulos; estes, sim, são enviados “na frente” de Jesus. Sua missão específica é: Curem os doentes daquela cidade e digam ao povo dali: O Reino de Deus chegou até vocês. Portanto, são enviados como precursores, como preparadores da chegada do Reino de Deus, ao qual eles anunciam na Pessoa de Jesus Cristo.

Lucas nos apresenta 72 discípulos enviados. Este número é simbólico e indica a universalidade da missão. Todo o povo de Deus está chamado a se lançar na missão de anunciar a Boa Nova do Reino. Esta missão não é uma tarefa somente do Papa, de bispos, sacerdotes e diáconos. Mas sim de todos os batizados. Portanto, a missão é universal desde a sua origem e compreende todos.

As instruções para os dois grupos de missionários são praticamente as mesmas. O texto especifica que Jesus envia “dois a dois”, pois o anúncio do Evangelho não é uma tarefa pessoal, mas de uma comunidade. O fato de serem enviados pelos menos dois também quer mostrar a credibilidade do testemunho, além do fato do encorajamento que um pode dar ao outro no caso de desânimo diante das dificuldades.

Em seguida, Jesus, depois de ter falado em semente e em arado, fala agora de colheita. Esta é imensa, mas os trabalhadores disponíveis são poucos. E a situação é a mesma ontem e hoje. É um trabalho gigantesco, e nunca haverá trabalhadores suficientes; só o Pai pode chamá-los e enviá-los, por isso, é necessário rezar a Ele pedindo-Lhe que chame mais pessoas. É justamente por causa da extensão da missão que Jesus chama mais esse grupo de ajudantes, e, mesmo assim, são poucos diante da imensidão da missão que Ele tem pela frente e da qual nos torna participantes.

Jesus faz o envio: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos”. É a imagem clássica da fraqueza diante da violência. A missão é uma obra difícil e perigosa. Aqueles que foram enviados por Cristo devem cumprir fielmente o seu trabalho, mas não devem exigir demasiado de si mesmos nem entrar em pânico diante da grandeza da missão. Devem, sim, ter consciência de que não será uma tarefa fácil e que nem sempre serão recebidos de braços abertos. Devem fazer sua parte com competência e perseverança, pois, em último caso, a responsabilidade é de Deus, e Ele não vai deixar cair em ruínas a Sua messe, mandando trabalhadores necessários para isso.

A mensagem a ser levada é o dom da paz, no sentido mais completo, para as pessoas e às famílias, e, sobretudo, a mensagem de que é “o Reino de Deus está próximo de vós”. O Reino de Deus é antes de tudo uma Pessoa: Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem O acolhe encontra a vida, a alegria, a missão de anunciá-Lo. O gesto de bater, sacudir a poeira dos pés, era um gesto simbólico dos israelitas que, ao ingressarem de novo no próprio país, depois de terem estado em terra pagã, não queriam ter nada em comum com o modo de vida dos pagãos. Libertar-se da poeira que se grudou aos pés enquanto estavam em território pagão significava ruptura total com aquele sistema de vida. Fazendo isso, os discípulos transferem toda responsabilidade pela rejeição da Palavra àqueles que os acolheram mal e rejeitaram o anúncio do Evangelho. E a paz oferecida não se perde, mas volta a quem a oferece.

O estilo da missão de Jesus e dos discípulos é o oposto daquele dos poderosos que o mundo de hoje idolatra. Não se baseia sobre a vontade de dominar, a arrogância ou a ambição, mas sobre a proposta humilde. Os enviados não devem levar nada de material, mas devem contar com a Providência Divina e com a hospitalidade fortemente praticada naquela época; eles devem ser respeitosos, atentos aos mais fracos; devem curar os doentes; devem fazê-lo gratuitamente sem buscar outras recompensas. O Evangelho de Jesus Cristo é uma mensagem de vida verdadeira para quem confia somente em Deus. A fé e a missão começam no coração e devem terminar nos lábios e nas ações. Não podemos deixar que o receio atrapalhe a nossa missão cristã de anunciar o Reino de Deus que está presente entre nós.

A metáfora da condição dos discípulos é uma forma de descrever o futuro da missão. Ser cordeiros entre lobos não dá margem a dúvidas: a missão está destinada a ser uma batalha desigual, na qual toda prudência é pouca. Nada de ilusões!

Humanamente falando, as orientações dadas por Jesus deixavam os discípulos numa situação de fragilidade. A pobreza material levava-os a depender da caridade alheia. Como se sabe, nem todo o mundo está disposto a ajudar. Quem depende de esmolas, está sujeito a toda sorte de ironia, gozações e humilhações, sem contar o risco de sofrer agressões físicas. A recomendação de não escolher casa ou cidade em que entrar – os discípulos deveriam ir a toda cidade e lugar por onde Jesus passaria – obrigava-os a visitar até mesmo povoados hostis, especialmente os situados na região da Samaria. Se a hospitalidade em uma cidade lhes fosse recusada, eles não teriam o direito de fazer uso da força ou da violência. Bastava-lhes sacudir o pó das sandálias e seguir adiante.

Falando na perspectiva do Reino, a ação missionária oferecida aos 72 discípulos exigia que eles fossem testemunhas do mundo novo proclamado por Jesus Nazareno. Aí os bens materiais deveriam ser relativizados, não tendo primazia no coração humano. A solidariedade seria um imperativo, e a violência, banida. Por conseguinte, a reação dos apóstolos diante de situações adversas já seria uma ação evangelizadora.

Rezemos: Pai, que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no apostolado não me faça recuar da missão de preparar o mundo para acolher Teu Filho, Jesus.

Padre Bantu Mendonça

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Primeira leitura (Atos dos Apóstolos 22,3-16 ou Atos dos Apóstolos 9,1-22) Salmo (Salmos 116) Evangelho (Marcos 16,15-18)

Estamos diante de um acréscimo tardio (cf. Mc 16,9-20) ao Evangelho de Marcos. Pode-se perceber que, na liturgia, foi associado à festa da conversão de São Paulo que celebramos hoje, por dois aspectos: pelo caráter essencialmente missionário do texto e pela alusão ao “pegar em serpentes” como sinal do sucesso na missão, conforme o acontecido com Paulo por ocasião do naufrágio em Malta, segundo a narrativa que se encontra em Atos dos Apóstolos (cf. At 28,3-6). O que se destaca no texto é a dimensão do poder como sendo a grande característica da missão.

O Evangelho de hoje nos conduz a uma vida nova em função da missão. Pouco antes de subir aos céus Jesus deixou para todos nós a missão de anunciar o Seu Evangelho. E foi este o recado que Ele nos mandou por meio dos Seus apóstolos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” Este som ainda ecoa dentro do coração daqueles que creem na Palavra de Deus. Jesus nos dá garantia para o sucesso da nossa missão quando diz: “quem crer e for batizado será salvo!” Não precisamos fazer muitas coisas nem realizar muitas obras, mas apenas crer e dar testemunho da ação do Espírito Santo na nossa vida! Foi para isso que nós fomos chamados, e esta é a nossa missão de batizados.

Quando nós fazemos esta experiência de anunciar o Evangelho nós constatamos realmente os sinais que nos acompanham por força da nossa fé em Jesus Cristo. Expulsar demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes, beber veneno, curar doentes, significa para nós a força milagrosa que o Amor de Deus realiza em função do nosso anúncio. Esses sinais acontecem na nossa vida e na vida daqueles a quem nós anunciamos Jesus, quando desafiamos as dificuldades, a doença, a morte, a tristeza com a esperança, com a alegria, com o poder de Cristo ressuscitado. Quanta mudança, quanta transformação, quanta conversão nós verificamos quando falamos a nova linguagem do Amor de Deus! Os demônios que perseguem a humanidade se rendem quando nós tudo fazemos por amor a Jesus! O pecado, veneno mortal, não consegue mais ter força sobre aqueles que nos escutam falar em Nome de Cristo Jesus! É esta a nossa missão: o “mundo inteiro” é o lugar onde estivermos e “toda criatura” são todos aqueles a quem nós podemos testemunhar os prodígios de Jesus Nazareno. Os sinais nos acompanharão se formos obedientes ao Seu mandado.

Enviados pelo poder que Jesus recebeu do Pai, os apóstolos deveriam partir, dispostos a caminhar por todas as estradas do mundo e a anunciar a Boa Nova da salvação a quantos encontrassem. Ninguém pode ser deixado de lado, pois a salvação é um direito de todos.

O sinal de adesão a Jesus dar-se-ia no batismo feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Seria a forma de vincular toda a humanidade com o Pai, por meio de Jesus, na força do Espírito Santo. Dessa comunhão de amor deveria surgir uma humanidade nova, fundada na filiação divina e na fraternidade.

Os apóstolos tinham como tarefa levar os novos discípulos a pautar suas vidas pelos ensinamentos do Mestre. Nada de novas doutrinas! Bastaria ensinar os batizados a observar tudo quanto Jesus lhes havia ensinado: nada mais do que amar a Deus e ao próximo, como fora explicitado no Sermão da Montanha.

Uma certeza deve nos animar: o Ressuscitado está para sempre junto de nós, incentivando-nos a ser fiéis à missão. Portanto, nada de nos deixar abater pela grandiosidade e pelas exigências da tarefa recebida.

Você já percebeu esses sinais na sua vida? Já usa em seus relacionamentos a linguagem do amor? Qual é o maior veneno para a humanidade hoje? Qual será o seu antídoto? O seu testemunho tem convertido alguém? Você tem propagado os milagres que acontecem em sua vida? O que você está esperado acontecer para assumir a missão que o Senhor destinou a você? O que tem deixado para depois? Depois de quê? Quando? Onde? Lance-se para a missão para a qual Jesus o envia.

Senhor Jesus, contemplando Tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do Teu Evangelho.

Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Primeira leitura (Hebreus 9,15.24-28) Salmo (Salmos 97) Evangelho (Marcos 3,22-30)

Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com Seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Cristo já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem em uma sinagoga. Por essa razão, eles se empenham em difamar o Senhor, para afastá-Lo do povo.

O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que, com amor, buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos, explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.

Por que a «blasfêmia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfêmia»? São Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos, graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».

Segundo tal exegese, a «blasfêmia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.

Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas». Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.

Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfêmia contra o Espírito Santo» consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não remissão» está ligada, como à sua causa, à «não penitência», isto é, à recusa radical a converter-se.

Isso equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.

Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os Seus frutos.

Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção.

O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.

É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.


Otima Segunda a vcs *-*

domingo, 23 de janeiro de 2011

Domingo

Hoje tem missa :D
Mas é sempre legal dar uma olhada antes na liturgia de hoje e no comentário, para que se torne mais compreensivel quanto o padre fizer a homilia...
No entanto, embora possamos ver a homilia todos os dias na internet ou no folder da paróquia, a missa é o mais importante.. pois é lá que estamos em comunidade e alimentamos nosso corpo e alma com a Eucaristia

Liturgia de Hoje:
Primeira leitura: Is 8, 23b-9,3
Segunda leitura: 1Coríntios 1,10-13.17
Salmo: 27
Evangelho: Mateus 4, 12-23

Comentário

Desde as primeiras aparições públicas, Jesus apresenta-se como um missionário itinerante: de aldeia em aldeia, ensina, prega a boa nova do Reino, cura doentes e vai, chamando discípulos. Inicia a sua missão não em lugares importantes e religiosos como Jerusalém, mas em zonas periféricas, entre os afastados, os heterodoxos, os menos religiosos, semipagãos, os impuros em contato com os pagãos. Tais eram (considerados) os habitantes da Galileia. Jesus deixa Nazaré e vai habitar em Cafarnaum, pequena cidade de fronteira, com uma alfândega para as mercadorias em trânsito ao longo da «via do mar», a estrada imperial que unia Egito, Palestina, Síria e Mesopotâmia. Desde a antiguidade, portanto, a Galileia era uma zona de cruzamento de povos, sujeita à passagem de grupos e ao controle do comércio, com as consequentes contaminações e decadência moral. Compreende-se assim o apelo que o profeta Isaías dirige aos habitantes da região: passar da experiência humilhante da escravidão e do jugo da opressão à vida com liberdade, em grande luz e alegria. Mateus observa que a profecia de Isaías se cumpriu com a presença de Jesus, cuja missão tem um início carregado de esperança, mas baseado num exigente programa de conversão a Deus e empenho pelo Reino.

Com esta escolha inicial, Jesus mostra que os primeiros destinatários do seu Evangelho e do Reino não são os justos, os cumpridores ou os que se consideram tais, mas os afastados, os excluídos. É o início humilde de uma missão que terá horizontes universais, e que será levado por diante pelos discípulos e pelos seus sucessores, chamados a seguir Jesus para ser, em toda a parte do mundo, «pescadores de homens».

A vocação missionária comporta sempre uma saída, uma partida, muitas vezes até geográfica, deixar alguém e alguma coisa; há sempre um desprendimento, um sair do seu egoísmo e do seu ambiente restrito. Aqui, Jesus deixa Nazaré e os espaços de intimidade com a sua mãe, Ele que tinha escolhido ser o Emanuel em carne humana. Assim como outrora Abraão foi convidado a abandonar a sua terra e a sua parentela, assim agora dois grupos de irmãos, chamados por Jesus a segui-lo, deixam as redes, o barco e o pai. Em todo o caso, a vocação não é nunca uma partida em direção ao vazio: é um deixar alguma coisa para seguir Alguém, uma partida ao encontro de um Outro. Em primeiro lugar está sempre o encontro e a ligação à pessoa de Jesus.

Esta vocação-missão afunda as suas raízes numa conversão («Convertei-vos…»), uma mudança de mentalidade, uma orientação nova em direção a Deus e ao seu Reino, do qual Jesus Cristo é a plenitude. A conversão a Cristo comporta o seguimento e a missão, o estar bem radicados n’Ele e bem inseridos nos caminhos do mundo: «farei de vós pescadores de homens». Assim aconteceu com Paulo, cuja conversão se recorda nestes dias (25 de Janeiro). Uma conversão radical e fiel até ao martírio! No caminho de Damasco não nasceu apenas um cristão, mas também o maior missionário entre os povos, o pregador apaixonado por Cristo crucificado e ressuscitado.

Para Bento XVI «A missão evangelizadora da Igreja é a resposta ao grito “Vinde, Senhor, Jesus!”, que percorre toda a história da salvação e que continua a erguer-se dos lábios dos crentes… O acolhimento da Boa Nova na fé impele por si só a comunicar a salvação recebida em dom… Nada de mais belo, urgente e importante do que devolver gratuitamente aos homens o que gratuitamente recebemos de Deus! Nada nos pode dispensar ou afastar deste oneroso e fascinante compromisso… Que cada cristão e cada comunidade sinta a alegria de partilhar com os outros esta Boa Nova de que “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho unigênito… para que o mundo seja salvo por Ele” (Jo 3, 16-17)».

A mensagem paulina é de grande atualidade, no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, chamados a viver unidos, a evitar divisões e discórdias, a manter-se bem unidos, porque Cristo não está dividido. Tomar consciência da vastidão e da urgência dos problemas do mundo ajuda a sair de egoísmos, divisões, discórdias, tensões locais. Com sabor de atualidade, S. Teresa de Ávila dizia: «o mundo está a arder, não há tempo para tratar com Deus assuntos de menor importância… Quando vejo as grandes necessidades da Igreja, estas afligem-me tanto que me parece uma futilidade perder tempo com outras coisas». Faça suas essas palavras e lança-se à missão.

Pai, faze-me compreender que os pobres e os marginalizados são os destinatários privilegiados do Evangelho do Reino; para eles tua luz deve brilhar em primeiro lugar.



Boa missa pra todos ;)

sábado, 22 de janeiro de 2011

SÁBADÃÃOOO

Liturgia de Hoje!

Primeira leitura (Hebreus 9,2-3.11-14)

Salmo (Salmos 46)

Evangelho (Marcos 3,20-21)


Comentário

As pessoas iam a Cristo não apenas para ouvir os Seus ensinos, ser curadas e libertas. Elas se lançavam aos pés de Jesus, tocavam n’Ele e se derramavam diante d’Ele. Hoje, eu convido você a ir a Jesus. Só Ele pode curar, libertar, perdoar e salvar você. Em Mateus 12,15-21, o Senhor Jesus afirma que Ele é aquele que não esmaga a cana quebrada nem apaga a torcida que fumega. Cristo alivia as pessoas do fardo que as oprime. Ele não esmaga aquele que já está caído. Foi assim que Ele fez com a mulher pega, em flagrante, cometendo adultério. Ele não a apedrejou, antes, perdoou essa mulher restaurando-lhe a dignidade da vida. Cada pessoa tocada, curada e salva por Jesus era mais uma testemunha d’Ele. Imagine duzentas pessoas que foram curadas estavam no meio daquela multidão. Eram mais duzentas testemunhas a falar sobre o poder do Senhor. O círculo daqueles que eram salvos aumentava, o número daqueles que testemunhavam crescia. Cada nova pessoa curada e salva era uma voz a mais a chamar as outras a irem a Jesus.

Hoje, depois de dois mil anos, milhões e milhões de vidas já foram tocadas, curadas e transformadas por Jesus Cristo. Você não pode se desculpar. Cada nova vida salva por Cristo é um forte argumento de que Ele é suficiente para ser o seu Salvador. Amigo, há uma nuvem de testemunhas ao seu redor proclamando para você que Jesus é o único Salvador, a única esperança para a sua alma. Vá até Ele agora mesmo!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Féériiias :D

Essa folguinha do grupo já tá deixando muito jovem na saudade!! :)

Mas é com grande satisfação que anuncio que já se iniciaram as preparações para o grupo de jovens Amor Maior de 2011.. com algumas novidades interessantes ;)
Em breve estaremos todos juntos pra louvar, glorificar, adorar, e brincar!!!

Liturgia do dia 22 de janeiro (sábado)
Primeira Leitura: Hb 8, 6-13
Salmo: 84
Evangelho: Mc 3, 13-19



Homilia
"Os parentes de Jesus diziam que ele estava fora de si"
A casa é a estrutura sociológica básica.
Aí se dá a vida do dia a dia e acontecem os eventos decisivos. É na casa que se realiza a grande cena do discernimento e da constituição do grupo de Jesus.
Este breve relato projeta um raio de luz não sobre o estado de animo de Jesus, mas sobre a mentalidade de alguns familiares que carecem de sentido para perceber as exigencias absolutas de Deus em Jesus.
Nao compreendem, porque sua expectativa - como as dos demais judeus em geral - é a de que Jesus se torna o salvador politico de Israel. Em vez disso, veêm seu patricio tratando com os estrangeiros - inclusive com os romanos, seus dominadores.
Mas nao é só isso: veêm também que Jesus vai as terras impuras dos samaritanos ew tambem fala com eles.
O seu tratamento igual para com todos, sua maneira de interpretar as leis ditadas pelas autoridades religiosas e sua misericordia para com os pecadores levam as autoridades a procurar os parentes e a propria Mãe de Jesus, para que o levem para casa, achando que endoidecera.
Não entendem e nem querem entender que o reino de Jesus não é como o reino deste mundo, mas serviço, perdão e amor aos irmãos.